Situações conflituosas sempre existiram desde que o ser humano passou a viver em grupos, tendo a frustração como principal fonte das dificuldades existenciais. E isso não mudou com a evolução humana, pelo contrário, estamos vivendo uma era de grandes inseguranças, política, social, sexual, educacional, afetiva e de saúde. Quanto mais aumenta a população do planeta, mais medo, ansiedade e solidão acometem às pessoas. A internet e suas ramificações (redes sociais) promovem padrões equivocados, incertezas e perda da afetividade contribuindo para que desenvolvamos relações superficiais, frágeis e vazias.
A insatisfação move o indivíduo para a mudança, porém ela pode exercer um papel contrário e invés de beneficiar uma situação, ela pode gerar desavenças. Os conflitos têm origem no intimo do nosso ser, desencadeando reações diversas e cada pessoa tem uma capacidade diferente de lidar com suas respostas emocionais e comportamentais.

Tipos de insatisfação
– Autoimagem (feio, gordo ou magro demais, baixinho, deficiente…)
– Nível social (pobre, sem estudo…)
– Sexual (ético, moral, religioso, homossexualidade, vítimas de abuso e violência…).
– Estado civil (casado, divorciado, viúvo, solteiro…)
– Situação profissional (empregado, desempregado, frustrado na carreira…)
Uso indiscriminado de medicamentos e procedimentos estéticos na tentativa de mudar a autoimagem tem colocado em risco a sanidade física, mental e emocional das pessoas. Felicidade, carreira, beleza, sucesso, riqueza, realização pessoal e profissional, enfim, toda esta comparação promovida pelas redes sociais vem intensificando e complicando o quadro de insatisfação do ser humano.

Resposta emocional negativa
– Medo (doença, morte, fracasso, rejeição…)
– Sentimento de culpa
– Mágoa / ressentimento
– Ansiedade
– Depressão
– Insegurança
– Mau humor
– Ciúme
– Baixa autoestima
– Paranoia e angústia cada vez mais precoces
 
Com a desculpa de serem preparadas para o futuro, as crianças de hoje se vêm com excesso de tarefas diárias e cada vez menos oportunidades de brincadeiras saudáveis. Elas estão entrando em um quadro de angústia cada vez maior, tornando-se jovens insatisfeitos e desequilibrados, correndo o risco de se tornarem adultos inseguros e problemáticos.

Resposta comportamental negativa
– uso e abuso de drogas (lícitas e ilícitas)
– alcoolismo
– frigidez ou ninfomania
– intolerância
– agressividade (e auto agressividade)
– possessividade
– auto sabotagem (inconsciente)

Consequências
– Conflitos gerados nas relações familiares
– Conflitos no trabalho
– Conflitos sociais (Religiosos, culturais, étnicos, de gênero, etc.).
– Doenças físicas
 
Toda fonte de prazer imediato (álcool, sexo, drogas, comida, sucesso profissional…) sem equilíbrio resulta em desprazer, lesões, queda do humor, arrependimento, tristeza e sentimento de culpa. Ou seja, a busca pelas sensações imediatas estabelecem metas de triunfo onde o ter é mais importante que o ser criando valores equivocados que geram novas insatisfações e novas respostas emocionais e comportamentais negativas. Todo este processo cria um circulo vicioso que acaba aumentando os conflitos já existentes ou, até mesmo, criando novos conflitos.

Como lidar com o as emoções negativas?
−     Invista no autoconhecimento. Procure um bom profissional. Conheça seus medos e suas limitações. 
−     Desconstrua conceitos e crenças impostos pela sociedade.
−     Entenda e acredite que mudar é algo necessário. O novo traz muitas possibilidades.
−     Crie estratégias de ação, são ótimas ferramenta para se libertar as amarras e trabalhar a coragem.
−     Substitua o sentimento de culpa e a auto piedade, pelo respeito a si mesmo, respeite suas limitações, mas se responsabilize pelos resultados de suas ações. Peça desculpas e encontre uma forma de consertar a falta cometida.
−     Procure entender o lado do outro, isto se chama Empatia.
−     Exercite o auto perdão, não somos perfeitos, ninguém é!
RECONHECER QUE PRECISA DE AJUDA E BUSCÁ-LA É DE EXTREMA CORAGEM. PARABÉNS!

Enfim…
Só seremos capazes de lidar com as imperfeições alheias quando nos conscientizarmos que também somos imperfeitos, isto é humildade. Ainda mais quando o padrão de perfeição é tão questionável hoje em dia.
O autoconhecimento é o caminho mais seguro para que encontremos o endereço de nós mesmos, tanto para aceitarmos como somos como também para mudarmos o que precisa ser mudado.
Devemos colocar em prática o (auto)amor, o (auto)perdão, o respeito às diferenças. Se quisermos um mundo diferente precisamos nos disponibilizar para mudanças internas legítimas e, consequentemente, de comportamento. O mundo à nossa volta só vai melhorar se nos tornarmos melhores primeiro.

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